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Aceitando seus limites

Com a correria do dia a dia, a percepção que se tem é que o tempo está passando mais rápido e o dia cada vez mais curto.

Quando nos damos conta, o dia já acabou e várias coisas que tínhamos planejado fazer, não conseguimos.

Parece que essa é uma percepção comum hoje.

O problema é que junto com essa percepção vem um sentimento de frustração.

Uma queixa recorrente que se tem ouvido é que “não consigo ser o profissional que gostaria” ou “não consigo me dedicar a família como gostaria”.

Hoje, tudo realmente acontece muito rápido, exigindo que as pessoas corram para acompanhar.

E inevitavelmente para darmos conta teremos que fazer escolhas, e escolha significa, abrir mão de alguma coisa.

Mas as pessoas não conseguem aceitar, sentem-se mal, cobram -se como se isso fosse sinônimo de incompetência.

Não é, isso é sinal que a pessoa é um ser humano e não um super-herói.

E como todo ser humano essa pessoa tem limites, ela não consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Essa queixa não é exclusivamente, mas muito frequentemente das mulheres, principalmente das que são mães.

Acreditam que tem que ser excelentes mães e ao mesmo tempo excelentes profissionais.

Não quer dizer que não conseguem, mas com certeza não vão investir com a mesma intensidade nos dois.

Se precisa trabalhar o dia todo, provavelmente vai precisar delegar algumas funções com o filho, precisando pedir ajuda.

Ou se escolher acompanhar o filho em todas suas atividades, não vai conseguir trabalhar em tempo integral. E isso gera um grande sentimento de culpa. 

Mesmo a pessoa que compara o tempo em que estava solteira com o tempo de casada.

Quando solteira, conseguia fazer mais coisas que quando casada, pois não tinha tantas responsabilidades. Casada, teve que aprender a repartir seu tempo.

Independente de qual seja o seu caso, que escolhas fez, isso não é problema; não existe certo ou errado.

A pessoa tem que ver qual a sua necessidade ou prioridade naquele momento, e lembrar, essa escolha pode durar só uma fase. 

Por exemplo, quando o filho cresce um pouco, começa ir para escola, não precisa da presença da mãe em tempo integral, permitindo que a mulher possa investir mais em sua carreira profissional. 

O erro está na pessoa acreditar que tem que fazer tudo, esse tipo de cobrança traz muitos malefícios à saúde física e emocional.

O ser humano tem limites, físicos, emocionais, de espaço e tempo. A comparação acaba sendo inevitável, entre fases de sua vida ou mesmo com pessoas próximas.

“Se ela consegue por que eu não?”. Alguma vez tentou perguntar como ela consegue? Quais escolhas já fez? Ou mesmo, do que abriu mão para fazer o que faz? Pode acreditar, não existe mágica. 

Aceitar e conhecer suas limitações pode deixar as coisas muito mais leve. Evitando sofrimentos e principalmente, curtindo cada fase de sua vida.

Você pode alcançar tudo que desejar, só precisa ter calma e saber qual o momento adequado.


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